Carta para o dia 14 de março, no aniversário do nascimento do Padre Leão Dehon
Crédito da foto - Dehonianos

Aumentar Fonte +
Diminuir Fonte -


Aos membros da Congregação
A todos os membros da Família Dehoniana

Os eventos realizados na Casa Geral SCJ no passado mês de fevereiro anteciparam, de certo modo, a celebração do aniversário do nascimento do Padre Léon Dehon. O primeiro evento foi a tão esperada IX Conferência Geral, em que se abordou a atualidade do nosso compromisso social como expressão da nossa fé e do carisma que partilhamos.

Um fruto significativo desse encontro é a sua Mensagem final. Queremos aproveitar o aniversário do Padre Dehon para vo-la enviar, de modo que nas vossas comunidades, famílias, grupos e serviços apostólicos se mantenha aberta a reflexão e vivo o compromisso, à luz da inspiração carismática que Deus nos confiou por meio do nosso Venerável Fundador.

O segundo evento foi a Assembleia dos Superiores da Congregação. Foram dias vividos na escuta e no diálogo, partilhando preocupações e esperanças. O início do encontro foi marcado pela memória agradecida a Deus, à Igreja e àqueles que, com a sua dedicação, tornaram possível a aprovação definitiva das atuais Constituições SCJ (1982). A propósito, vale a pena retomar o que escreveu o Padre Dehon quando foi aprovada a última edição das que ele conheceu (1924):

«Não basta ler superficialmente as nossas Constituições, esse precioso Código das nossas obrigações religiosas; devemos lê-las e relê-las repetidamente, devemos estudá-las com atenção, para conhecermos a fundo todas as suas prescrições, nos impregnarmos do seu espírito, para fazer deles a orientação da nossa vida».[1]

As nossas Constituições, com efeito, procuram expressar a compreensão dehoniana do Evangelho. Por isso, a partir delas, queremos continuar a configurar o dia a dia da nossa vida fraterna e do nosso apostolado, atentos ao chamamento de Deus, para O servir em todos os tempos, rostos e lugares.

Que a memória agradecida a Deus pela vida e obra do Padre Dehon seja também uma súplica pelas novas vocações para a vida religiosa SCJ e para outras expressões dehonianas de generosa disponibilidade ao serviço do Evangelho, fonte de toda paz e caridade. Assim o entenderam os SCJ e os membros da Família Dehoniana, que no meio de situações de conflito, como as que atualmente se vivem na Ucrânia e noutros lugares, não deixam de expressar, pela sua presença, a proximidade e a ternura de Deus, que incessantemente manam do Coração do Salvador:

«O Coração divino de Jesus é paz e caridade. Recorramos todos, povos e fiéis, a essa fonte mística que Nosso Senhor quer abrir abundantemente às nossas almas, nos nossos tempos inquietos e agitados. “Vinde a mim todos, diz Nosso Senhor, os trabalhadores, as almas que sofrem, as nações atribuladas…”. Aqui estamos, Senhor, a vossos pés, humildes, confiantes e devotados. Abençoai-nos como abençoastes todos os que sofriam na Palestina, e enviai do vosso Coração ardentes raios de paz, alegria e caridade».[2]

Fraternalmente, in Corde Iesu

P. Carlos Luis Suárez Codorniú, scj
Superior Geral
e seu Conselho

Fonte: Texto extraído do site dehoniani.org


[1] « Il ne suffit donc pas de lire superficiellement nos Constitutions, ce précieux Code de nos obligations religieuses, mais nous devons les lire et relire sans cesse, nous devons les étudier avec soin, afin d’en connaître à fond toutes les prescriptions, de nous pénétrer de leur esprit et d’en faire la direction de notre vie ». (P. Dehon, Promulgation des Constitutions, 10 mai 1924, LCC 66103/2).

[2] « Le divin Cœur de Jésus n’est que paix et charité. Puisons tous, peuples et fidèles, à cette source mystique que Notre Seigneur veut ouvrir plus largement à nos âmes, à notre époque si inquiète et si agitée. “Venez tous à moi, nous dit Notre Seigneur, les travailleurs, les âmes souffrantes, les nations éprouvées…”. Nous voici, Seigneur, nous voici à vos pieds, humbles, confiants et dévoués. Bénissez-nous comme vous bénissiez tous ceux qui souffraient en Palestine, et faites descendre de votre Cœur de chauds rayons de paix, de joie et de charité ». (P. Dehon, Bénédiction de la première pierre à Rome, 18 mai 1920, DIS 9050117/4).

 
Indique a um amigo
 
 
Conteúdo Relacionadas